sábado, maio 18, 2013

Entrevista para a revista Nylon

Veja a entrevista completa da que Taylor deu para a revista Nylon Singapura.


"Abusada, mal interpretada, equivocada? Taylor Momsen da The Pretty Reckless pode ser qualquer uma dessas coisas, mas ela não está pedindo para ser salva.
Você poderia discutir comigo sobre isso, mas para mim parece que de todos os erros em Gossip Girl, os de Jenny Humphrey são os mais mal interpretados. Dan, Vanessa e Serena fizeram más decisões, mas foi a Little J que entrou na lista dos personagens mais odiados da TV, ao lado de personagens detestáveis, como Emily de Friends, e Oliver, o sociopata de The O.C.
O motivo é simples -  muitas pessoas acharam Jenny Humphrey muito, muito irritante. Revelação aqui: Eu achei (acho) também. Primeiramente, como a garotinha perdida de Constance Billard, ela não seria "boa". Ok, tudo bem. Mas então, entre sua desobediência, se envolver com um traficante, e depois destruídora de lar, ela também não seria má.
E mesmo que a própria Blair Waldorf a presenteou com a "tiara do poder", Jenny não conseguiu ser uma Queen Bee manipuladora como Blair, e então muitas outras pessoas a julgaram por isso.
Nada disso é culpa de Taylor Momsen - nem de Jenny Humphrey - mas ninguém se importa com isso. E, claro, Taylor Momsen literalmente não é mais a  Jenny Humphrey (mas parece que ninguém se importa com isso também).
Não precisa olhar duas vezes para perceber as diferenças, quando Jenny abandonou a maquiagem forte no meio da segunda temporada, Taylor ainda usa.
Headbangs? Não exatamente. Nesses dias, Taylor têm usado cinta-ligas e meia-calças. Ela também é famosa por sua coleção de sapatos de stripper, "Eu terminei os últimos momentos de nossa turnê usando o que nós chamamos de "sapatos de alienígenas", diz a Taylor. Uma bota preta, alta, cheia de fivelas; ela meio que parece com uma criatura estranha quando olha direto para ela".
Se essa Taylor Momsen não lhe parece familiar, vamos lhe informar - como a mulher da The Pretty Reckless, Taylor está mais interessada em criar um nome para ela mesma como uma música, não atriz. Seu objetivo pro futuro é fazer música alta e cheias de som de guitarra.
Momsen começou a surgir como uma princesa do rock grunge em 2009, com apenas 16 anos. E por todo esse tempo, muitas pessoas acharam difícil aceitar essa transformação. Uma amiga minha me disse que achou o visual de Taylor inautêntico.
Se você perguntar para Taylor, ela dirá que nada mudou desde então. "Eu cresci escutando os Beatles, Zeppelin, etc". Quando era criança, ela e sua irmã formaram uma banda que elas chamavam de "Pink Boa", e colocavam máscaras e fantasias e cantavam duas músicas - Seven Nation Army e I Love Rock 'n' Roll, da Joan Jett.
Falando para a Teen Vogue sobre sua carreira na música, ela disse "Eu soube desde que era pequena que era isso que eu queria fazer" E, ao contrário de várias atrizes adolescentes que se tornaram cantoras - Selena Gomez, Lindsay Lohan e Hillary Duff vieram a minha cabeça - ela parecia realmente querer isso.
Como ela contou para a Interview Magazine em 2010, "Eu sou uma cantora e escevo as músicas, então por uns 2 anos, eu estava procurando produtores, para ver quem tinha as mesmas opniões que eu. Tem muitos produtores de música pop, e dificilmente algum produtor de rock. Então, quando eu finalmente conheci Kato, foi um alívio, porque ele é o melhor".
Kato colocou Momsen em contato com seu parceiro, Ben Phillips, que ajudou Taylor a escrever algumas musicas, e então surgiu o som da The Pretty Reckless. No site oficial da banda, diz que antes a banda era formada por Taylor e outros 3 integrantes. Então, depois que a banda lançou seu primeiro single em 2010, foi trocado de novo, com Ben Phillips, Mark Damon e  Jamie Perkins.
Make Me Wanna Die, seu primeiro single, é uma música de rock clássico, mas ainda sim com um pouco de pop. Cantar sobre as torturas de um amor certamente não é o território para uma menina de 16 anos, por isso Momsen chamou tanta atenção.
Lembra quando Rihanna decidiu se declarar, cortar o cabelo e virou uma "boa garota ficou má"? As pessoas normalmente fazem isso. A mudança de Momsen de atriz jovem para cantora de rock, de qualquer jeito, não foi tão fácil. Em tão pouco tempo, as pessoas não iriam conseguir absorver a mudança da doce Taylor Momsen como Jenny Humphrey.
Para a banda, ter uma vocalista que era mais conhecida por atuar em uma série como uma estudante de uma escola privilegiada era uma ajuda, e também um impedimento – por um lado, as notícias de “Jenny Humphrey tem uma banda de rock!” ajudava as pessoas a entenderem à mudança do estilo de Taylor, e por outro lado, gerou muitas críticas imediatamente.
A Taylor Momsen realmente tem algo sobre o que reclamar? Pensando assim, talvez... sim. Pense nas coisas que Taylor provavelmente está cansada de escutar: como querer ser uma cantora de rock faz dela uma poser, como suas escolhas de roupas a fazem parecer uma prostituta, como sua maquiagem a faz parecer com um zumbi, e como ela não sorri para as fotos e a faz parecer uma pessoa que não é legal e gentil. Exceto que, talvez, se você estive ouvindo a mesma coisa desde os 6 anos, sobre ter participado do filme How Grinch Stole Christmas você estaria um pouco irritado também.
Mas Momsen não precisa de ninguém para defender ela, muito menos de mim; Apesar de tudo, parece que ela desistiu de tentar mudar o pensamento das pessoas. Quando a perguntaram se sua música estava sendo julgada cruelmente, simplesmente pelas suas escolhas com sua carreira de atriz, Momsen parecia estar mais indiferente do que provocada: “Eu realmente não presto atenção nisso. Isso me ajudou em alguns jeitos e me machucou de outros”. Ela continou, “É minha vida, e foi assim que aconteceu. Eu não tenho ideia do que teria acontecido. Eu sou agradecida e fico irritada com tudo isso ao mesmo tempo, provavelmente o mesmo que outras pessoas”.
Ao contrário da maioria das pessoas da idade dela, Momsen parece completamente focada em seu trabalho. Em um tempo em sua vida em que as pessoas estão preocupadas com contratos e férias, Momsen é acompanhada por uma equipe de roqueiros, que são bem diferentes dela em termos de idade e sexo. “Eu não penso na diferença de sexo como um problema, ” ela diz, “Músicas boas são músicas boas. É tudo sobre a música de um jeito muito sério. Eu não me importo se você tem 15 ou 50 anos, se você é bom, você é bom. Acho que todos são iguais.”
E onde Taylor consegue mesmo fazer as pessoas dizerem “se você é bom, você é bom” é no palco. Quem já viu a The Pretty Reckless ao vivo, tem a dizer que Taylor tem um vocal poderoso e muita presença de palco, e não o fato de que ela normalmente fica quase nua em seus vídeos. E mesmo que a banda tenha passado os últimos 3 anos na estrada, ela nos contou que a The Pretty Reckless estão planejando outra turnê mundial, depois de já ter tocado em todo o Estados Unidos, Europa e América do Sul, nas Filipinas, Taiwan e Japão.
Momsen e banda estão trabalhando em seu terceiro EP, o qual eles estavam gravando quando seu estúdio em Nova York foi destruído pelo furacão Sandy ano passado, “Nós estávamos indo bem fundo no EP, quando o furacão aconteceu, o estúdio foi alagado, muitos dos nossos instrumentos ficaram destruídos”, ela lembra. “Nós tinhamos que terminar as gravações em um estúdio diferente, o que foi difícil porque tínhamos uma “vibe” criativa lá e realmente f**eu com as vidas das pessoas que moravam lá”, ela relembra, adicionando “Eu consigo fazer uma música mesmo com isso tudo, que é uma das minhas favoritas, então sempre tem outro lado para todas as situações.”
Ela é evasiva sobre o material novo da banda – por enquanto, tudo que ela irá dizer é que é “diferente de muitas coisas no momento... é o tipo de álbum que você tem que escutar para entender.” Mas, já antecipando que alguns que que escutarão não entenderão, ela também fala “Vai ser interessante ver a reação das pessoas.”
Entretanto, com músicas como “Hit Me Like A Man”, as letras de Momsen, foram feitas para estimular. Uma chamada “Goin’ Down” chama atenção por ser particularmente controversial. A música começa falando de um padre, e continua, “Eu tenho um pecado para confessar/ Eu tenho apenas 16 anos, se você sabe o que quero dizer/ Você se importa se eu tirar o meu vestido?” E também tem o refrão “Tudo o que eu preciso é alguém para me salvar/Porque eu estou desmoronando/Todo o caminho abaixo.”
Em geral, a resposta de Momsen é que no final do dia, as músicas são o que elas são. Elas podem não ser sobre a vida dela, mas “todas as músicas tem um significado para mim, toda música alguma coisa para dizer.” Com “Goin’ Down”, em particular, a história foi usada para “criar uma mensagem sobre moral versus realidade.” Enquanto outras músicas são “apenas temas, uma ideia que você pode interpretar de várias maneiras”. Como qualquer outro escritor de músicas vai te dizer, ela diz, “Contar histórias é uma parte disso... Pode ser minha história ou de outra pessoa, todas são sobre seus devidos assuntos.”
Quanto ao fato de Taylor Momsen estar ganhando seu devido respeito... o principal não é isso. Mas pode nem importar que o mundo ainda não tenha decidido sua opinião sobre Momsen, porque a opinião dela já está feita, e isso é o suficiente, pelo menos para ela, “Eu me relaciono com todo mundo do mesmo jeito, sendo eu mesma,” ela continua, determinada “Eu trabalho com tantas pessoas diferentes, tudo se torna uma coisa – mais velho, mais novo, não importa – Eu só conheço a mim mesma, então é só isso que posso fazer.” E quando se trata disso, é o que todos precisam fazer.
Para te dar uma prévia de como é a The Pretty Reckless, considere que Momsen diz que suas influências são Led Zeppelin, Soundgarden e AC/DC. Naturalmente, sua música é icônica, e vou dizer, tudo o que ela já lançou é muito mais do que “escutável”. (Se você mesmo quer julgar, eu recomendo escutar "You", “My Medicine” e “Nothing Left To Lose”.)
Para o crédito de Momsen, algumas de suas críticas foram instantaneamente piores: “Momsen é muito mais uma cantora que brinca de atuar, não ao contrário.” Falaram no review de Momsen da SPIN sobre sua última performance. “Momsen apresentou o potencial de construir uma coisa para aqueles que prefeririam escutar ao L7 ou Sleater Kinney do que qualquer personagem de Gossip Girl”, o review continuou. “Ela já alcançou esse objetivo? Ainda não, mas ela tem apenas 16 anos. Isso quer dizer que em metade de uma década – depois de anos de turnês, gravações, brigando com outros membros da banda, pegando alguns vícios, ter uma relação desmoronando em público... Momsen ainda terá somente 21 anos e talvez seja capaz de realizar completamente toda a angústia e amargura que sua voz sugere às vezes.”
Mas alguns, não foram convencidos tão facilmente. O review da revista Rolling Stone sobre o álbum “Light Me Up” chamou o esforço de “cheio de riffs de hard-rock genérico e letras góticas” (no entanto, também disseram que a voz de Momsen – que a descreveram como “parede gutural que soa mais velha do que seus 16 anos – era a coisa mais interessante sobre o álbum). O The Guardian também postou uma reação confusa, escrevendo que “The Pretty Reckless é exatamente o que seu nome diz – superficialmente sedutor, sugerindo brutalidade, em seus momentos mais calmos”.

Tradução Momsen Brasil


Nenhum comentário:

Postar um comentário